Em
um sistema planetário jovem localizado na constelação da Mosca a cerca
de 300 anos-luz e com apenas 17 milhões de anos (nosso sistema solar tem
cerca de 4,5 bilhões de anos), foram observados diretamente 2
exoplanetas gigantes orbitando uma estrela tipo Sol, a TYC 8998-760-1.
Para este feito foi utilizado o instrumento SPHERE montado no Very Large
Telescope (VLT) da ESO. "Até agora, os astrônomos nunca tinham
observado de forma direta mais do que um exoplaneta em órbita de uma
estrela do tipo solar." Porém é muito fácil confundir os brilhos dos
planetas com o de estrelas que estejam localizadas na mesma região do
céu. Para poder confirmar que os objetos observados eram de fato
exoplanetas os astrônomos observaram o sistema durante todo o ano de
2019 para verificar se os objetos observados orbitavam a estrela (ou
seja faziam o movimento de translação em torno dela), o que de fato foi
confirmado. Também analizaram dados antigos de outras observações feitas
desse sistema, utilizaram dados de até 2017. Reunindo e analisando
todas essas informações os astrônomos puderam confirmar que de fato se
trata de um sistema planetário e que esses dois objetos observados são
os exoplanetas TYC 8998-760-1b e TYC 8998-760-1c que orbitam a estrela
TYC 8998-760-1. Existe grandes espectativas para estudar esse sistema e
observá-lo mais, principalmente quando o Extremely Large Telescope
(ELT) da ESO ficar pronto, um telescópio que terá um espelho com 40
metros de diâmetro. Estudar sistemas planetários jovens com estrela tipo
Sol permite que a gente compreenda o nosso próprio sistema, ajuda a
entender como era o sistema solar no início de sua formação.
Tardígrados no espaço!
Em 2007 a Agência Espacial Europeia (ESA) enviou Tardígrados para o espaço a bordo de uma espaçonave russa não tripulada. Quando a espaçonave chegou à órbita desejada os Tardígrados durante 10 dias foram submetidos a diversas condições espaciais de vácuo e de radiação. Os Tardígrados ou "Ursos d'água" são seres microscópicos que vão de 0,05 a 1,25 mm de comprimento. Pertencentes ao filo Tardígrada esses animais são extremamente resistentes, podendo sobreviver bem em temperaturas próximas ao zero absoluto ou em altas temperaturas (em torno de 150°C ), são também capazes de sobreviver ao vácuo do espaço e a altas taxas de radiação (aproximadamente 50 vezes mais o tolerado por um ser humano). Essa resistência se deve à capacidade que o Tardígrado tem de perder praticamente toda a água do seu corpo e reduzir drasticamente o próprio metabolismo (reduz para 0,01% da taxa normal), entrando em uma espécie de animação suspensa, estado conhecido como criptobiose. Por...
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